Parte I: Feng Shui e os Melhores Caminhos
→ Qualidade e Movimento de Qi
Forma e Fluxo
Percepção e Cognição.
Umas semanas atrás um ônibus invadiu uma casa num local onde a rua formou o base de um “T” com outra rua. A reportagem mencionou que houve outros incidentes semelhantes que envolveram essa casa. Para pessoas que conhecem Feng Shui, sabem que uma casa situada numas ruas assim convive com energias ruins. Uma olhada no internet, e se pode confirmar tais “regras” desta arte chinesa. Em conexão às ruas de forma “T”, existem corredores, curvas/ângulos e flechas venenosas que são conhecidos como Feng Shui ruim e devem ser evitados. Para a maioria das pessoas, essa informação parece suficiente.
Porém, existem casas lindas nas mesmas situações sem ônibus invadindo o terreno. Quando o pesquisador reconhece essa possibilidade, precisa levar seu busca além das regras gerais de Feng Shui, e entender o porquê. E o que ele descobre é que cada caso é um caso.
Uma chave básica é a diferença entre os tipos da energia vital conhecido como Qi. Há três qualidades de qi que deve ser analisadas e de acordo com seu livro, Feng Shui Clássico nos Novos Tempos, Marcos Murakami explica que elas são:
SHENG QI – Potencial Vibrante, em ascensão - energia yang.... com fluxo de energia vibrante e saudável. Feng Shui deve encorajar esse tipo;
SHA QI – Potencial Destruidor - energia cortante, excessivamente rápido, fluxo energético opressor. É também chamado de “sopro assassino”. Feng Shui deve bloquear ou desviar esse tipo;
SI QI – Potencial Morto - é muito yin, lento e em decadência, energia estagnada. Feng Shui deve dispersar esse tipo.
Também é importante analisar o movimentação do Qi. Murakami explica dois tipos de movimentos assim:
CHENG QI – Grande foco de movimentação e estímulo da energia, geralmente favorecido pela topografia, formas naturais e artificiais (construções no meio ambiente, espaço (enquanto utilização) e estrutura, cores, e luzes. São passíveis de reconhecimento, muitas vezes pela intensidade de um fluxo de vento e/ou água (cachoeiras, rios, etc.) e, no meio urbano, pelas vias de pedestres, pelo tráfego de automóveis e pelos estímulos audiovisuais intensos.
JU QI – Pontos de acúmulo energético vigoroso (externo), como piscinas, lagos, estacionamentos abertos, etc., ou internos (grandes halls de acesso, salões de festa, quartos e salas de convívio, etc.).
Quando começamos olhar os fluxos de Qi entre as formas nas cidades e na natureza em termos de qualidade e movimento, estamos no caminho de entender como as “regras” de Feng Shui nascerem.
Então, o que você pode fazer com esta informação? Dê uma olhada ao redor de sua casa e no trabalho e decidir que tipo de Qi está se movendo dentro e ao redor desses ambientes - dentro e fora. Qual é a qualidade: Sheng, Sha ou Si Qi? E o movimento e fluxo: Cheng ou Ju Qi? Como é que estes dois aspectos interagem? Vá além de seus ambientes, dar um passeio pelo seu bairro, identifique as energias Qi! Na Parte II, vamos dar uma olhada em como a percepção e cognição entram em jogo.