Conselho de um Excelente Acupunturista: Cada Caso é um Caso
Para as pessoas que estavam viajando para fora do planeta, os Jogos Olímpicos começaram esse último fim de semana. Aqui no Brasil, o pais anfitrião, tudo se conecta aos Jogos Olímpicos, até mesmo a medicina chinesa entrou na conversa. Ao assistir as equipes de natação dos EUA, vimos marcas redondas e vermelhas nas costas, inclusive no Michael Phelps. Essas marcas vem da prática da medicina chinesa chamada ventosa, usada para aliviar as dores. Aliviar dor é um dos principais razões para que pessoas optam por tratamentos da medicina chinesa, e então é importante que o acupunturista fique atualizada nessa área.
Recentemente, em São Paulo, eu participei de um seminário sobre dor apresentado pelo médico chinês, Dr. Du Wei. O primeiro dia foi teórico – como a dor relaciona com síndromes e os órgãos principais do corpo do ponto de vista da medicina chinesa. No segundo dia, ele apresentou casos e a forma de tratar os pacientes. Um caso foi de um paciente com dor lombar. A solução foi uma sequência de pontos que trabalham os músculos do lado esquerdo das costas. Dr. Du Wei nos perguntou se nós compreendíamos o por que ele só usou agulhas no lado esquerdo. A resposta correta era que o tratamento para os músculos precisava apenas de um lado das costas e não o tratamento típico que incluiu o canal. Depois como um bom professor perguntou se alguém tinha dúvida sobre este caso. Nesse momento alguém lhe perguntou por que ele não usou ponto XX. O médico repetiu que o tratamento foi direcionado ao dor muscular e não de um órgão. Logo depois, outro participante perguntou sobre um outro ponto muito usado na área do lombar. Esta vez, Dr. Du Wei foi até a lousa onde ele tinha escrito algumas informações sobre o caso e bateu na lousa assim chamando a atenção de todos – e pela terceira vez falou que o caso apresentou dor muscular e não problema com um órgão.
As perguntas dos participantes demonstraram como é fácil cair no hábito de usar protocolos como receitas de tratamento. Ele enfatizou que sempre precisamos pensar bem sobre cada caso antes de tratar sintomas que não existam.